Começámos a investigar a floresta em volta, tentando perceber o interesse das Bruxas da Noite naquele local. De imediato, reparámos que o chão estava bastante pisado. Entre as árvores, tinham-se formado estradas de terra tão compacta que nem deixávamos pegadas.
Porém, só quando chegámos à primeira clareira é que nos apercebemos o que era aquele local. Junto do centro daquele espaço aberto, encontravam-se os vestígios de uma gigantesca fogueira. Amontoados de troncos de árvore rodeavam-nos. A princípio, pensamos que estes não passavam de lenha para a fogueira, mas acabámos por perceber que formavam toscos e enormes abrigos, provavelmente reservados para gigantes.
Encontramos mais abrigos noutras clareiras, alguns do mesmo tipo, outros bastante diferentes, que iam de tendas improvisadas feitas de ramos de árvore e vegetação, a buracos no chão cobertos por folhas. Porém, todos pareciam estar abandonados há já algum tempo. Não vimos nenhuma das Bruxas da Noite ou até um só soldado do seu exército.
– Encontramos outro portal escondido – disse um dos homens de Almeida, que se aproximou de nós a correr.
Antes do fim desse dia, mais dez portais haviam sido encontrados. Atrás de alguns, não se encontrou nada de relevo, mas a exploração dos restantes vão, mais tarde, merecer as suas próprias histórias.
Este foi apenas o princípio da luta entre as Bruxas da Noite e a Organização. Na altura, tinha esperança que fosse o início da derrota delas.