Mais uma vez, encontrei-me no acampamento abandonado das Bruxas da Noite com Almeida e vários dos seus homens. Na altura não o sabia, mas iria ser a última vez.
Como havíamos feito dezenas de vezes antes, atravessámos um dos portais invisíveis. Quando chegámos ao outro lado, estávamos entre as ruínas de um grande castelo. Reconheci-o imediatamente como o castelo de Castro Laboreiro.
Para além da muralha, a velha fortificação não tinha nenhuma estrutura ainda de pé, apenas restos de paredes e sinais de alicerces. Como tal, a nossa inspecção foi rápida. Não encontrámos nem sinal das Bruxas da Noite ou das criaturas que as serviam. Assumindo que aquela era mais uma das muitas expedições infrutíferas que realizamos através dos portais, preparámo-nos para regressar.
De repente, ouvimos um estrondo. Como o céu estava coberto de nuvens negras, assumimos que era apenas trovoada. Contudo, segundos depois, uma esfera verde flamejante caiu com uma explosão junto de nós. Eu, Almeida e alguns dos guardas conseguimos mergulhar para trás de algumas ruínas e saímos incólumes, mas três outros homens ficaram gravemente queimados. Enquanto corríamos para os ajudar, começámos a ouvir gargalhadas distantes que se aproximavam.
Das nuvens, montadas nas suas vassouras, saíram as formas encapuçadas das sete Bruxas da Noite. Baixaram rapidamente e começaram a voar em círculos logo acima das nossas cabeças.
– Foram avisados mais de uma vez – disse uma.
– Está na hora de pagarem por não nos terem dado ouvidos – continuou outra.